terça-feira, 28 de outubro de 2014

Negociação coletiva da CUT é exemplo de regulação das nanotecnologias

Experiências dos Químicos e Metalúrgicos da CUT foram apresentadas e debatidas em seminário sobre nanotecnologias no Rio Grande do Sul
O IX Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente, realizado entre 20 e 24 de outubro na Escola de Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em São Leopoldo (RS), teve como principal tema de debate a regulação das nanotecnologias, tendo em vista as incertezas em relação aos riscos que representam à saúde e ao meio ambiente.
A abertura do seminário foi feita pelo professor José Manoel Cózar-Escalante, da Universidade de La Laguna, na Espanha, que abordou aspectos relacionados à ética em nível molecular, a partir dos riscos á saúde e ao meio ambiente associados às nanotecnologias.
“Nanotecnologias e Sociedade: desafios e perspectivas” foi o tema de interessante debate entre o professor e ativista ambiental argentino Mauricio Berger e o tecnologista brasileiro Luis Renato Balbão Andrade. Berger é membro do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET), órgão do governo da Argentina, e é professor no Instituto de Investigação e Formação em Administração Pública, da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. Luís Renato trabalha na Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, no centro estadual do Rio Grande do Sul.
Outra sessão de debate de grande interesse abordou a soberania alimentar e sua relação com as nanotecnologias. O engenheiro agrônomo Richard Dulley, da Renanosoma, e Steve Suppan, do Instituto Para Agricultura e Política Comercial, organização não-governamental dos Estados Unidos, analisaram a regulação existente em relação a produtos alimentícios que já são comercializados, no Brasil e nos EUA, e que utilizam nanotecnologias. Na mesma sessão, a professora Tânia Magno, da Universidade Federal de Sergipe, fez considerações sobre a importância de se pesquisar a fundo a relação das nanotecnologias com a indústria de alimentos, e suas interfaces com problemas de saúde pública, como a obesidade infantil.
O movimento sindical participou como expositor e debatedor na sessão sobre nanotecnologias e mercado de trabalho. Mauro Soares, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e diretor da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, apresentou a experiência da CNM em se apropriar do tema em cursos de formação visando analisar impactos das nanotecnologias à saúde dos trabalhadores. Mauro, que também representa a CUT na Comissão Nacional Tripartite Temática que discute normas regulamentadoras de segurança para o trabalhador, contou das dificuldades em obter junto às empresas dos setor metal-mecânico informações sobre o uso de nanotecnologias no processo produtivo e ressaltou a importância da Fundacentro na formação de dirigentes e militantes sindicais sobre o tema. “O Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente se afirmou no cenário acadêmico e sindical pela qualidade dos debates que promove e por sempre promover o diálogo entre cientistas e representantes da sociedade, interessados nos impactos das nanotecnologias, caso do Movimento Sindical”, afirmou.
Thomaz Ferreira Jensen, economista do DIEESE na subseção do Sindicato dos Químicos do ABC, relatou a experiência de negociação coletiva dos Químicos da CUT no Estado de São Paulo que garantiu, em abril de 2012, a inclusão da inédita cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho negociada com a indústria farmacêutica, garantindo acesso á informação sobre o uso de nanotecnologias nos processos produtivos, ricos e medidas de proteção adotadas. Para saber mais sobre a negociação da indústria farmacêutica, acesse:
http://www.fetquim.org.br/site/opiniao/?codigo=26
O economista do DIEESE também apresentou uma estimativa do número de trabalhadores na indústria química paulista potencialmente expostos às nanotecnologias. Com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2013, eram cerca de 9.800 trabalhadores atuando em atividades de pesquisa em laboratórios na indústria química instalada no Estado de São Paulo, cerca de 3% do total de trabalhadores químicos no Estado. Estes trabalhadores são aqueles que, hoje, devem já estar em contato com a manipulação de nanopartículas, visando à produção. Mas há que se considerar que outros quase 188 mil trabalhadores nas linhas de produção também podem estar expostos às nanotecnologias, sem ao menos saber isso. Para Thomaz, “é necessário desenvolver, através na Negociação Coletiva, outros elementos regulatórios mínimos que orientem a gestão segura das nanotecnologias e dos nanomateriais manufaturados, e atuar pela elaboração de regulação pelo Estado em relação às nanotecnologias no Brasil”.
E foi precisamente sobre as possibilidades de regulação das nanotecnologias no País que debateram dois destacados professores de Direito, especialistas no tema. Para Wilson Engelmann, coordenador do JusNano, grupo de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Direito da UNISINOS, é interessante potencializar experiências de regulação, como a dos Químicos, que talvez sejam passos importantes para que se elabore uma regulamentação, ou seja, elaboração de normas pelo Estado em relação ao tema. Engelmann é co-autor, com Raquel Von Hohendorff, do livro “Nanotecnologias aplicadas aos agroquímicos no Brasil: a gestão dos riscos a partir do Diálogo entre as Fontes do Direito”, lançado durante o XI Seminário. Nesta valiosa obra, são abordados, por exemplo, as nanopartículas de agrotóxicos, que as transnacionais Monsanto, Syngenta e BASF estão desenvolvendo. São agrotóxicos fechados em nanocápsulas ou compostos de nanopartículas, o que faz com que sejam mais facilmente absorvidos pelas plantas, além de possibilitar liberação prolongada destes agroquímicos nas lavouras.
O advogado e professor Reginaldo Pereira, da UNOCHAPECO (Universidade Comunitária da Região de Chapecó), analisou as tentativas de criação de um marco regulatório específico para as nanotecnologias no Brasil, com destaque para o pioneiro projeto de lei 5076/2005 de autoria do Deputado Federal Edson Duarte (PV-Bahia), que propunha a criação de uma Política Nacional de Nanotecnologia, o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico e o controle, pelo Poder Público, dos riscos e impactos decorrentes das atividades relacionadas com esta tecnologia.
Entre as inovações deste projeto, destacadas por Pereira, estavam a criação da CTNano (Comissão Técnica Nacional de Nanotecnologia), a ser constituída por 26 cidadãos brasileiros de reconhecida competência técnica, notório saber científico e com destacada atividade profissional em nanotecnologia e formação em nanossegurança, distribuídos entre as sociedades científicas, os Ministérios do Governo Federal e as entidades representativas, o que incluiria o Movimento Sindical. Pelo projeto, todo cidadão brasileiro deveria ter acesso às reuniões da CTNano, que deveriam ser públicas.
Lamentavelmente, o projeto foi arquivado em 2008, após receber pareceres desfavoráveis das Comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, da Câmara dos Deputados, sob o argumento de que sua aprovação criaria “injustificáveis entraves para o desenvolvimento técnico-científico no Brasil”.
Pereira analisou também o Projeto de Lei 6741/2013 do Deputado Federal Sarney Filho (PV-Maranhão), sobre uma Política Nacional de Nanotecnologia, contemplando a pesquisa, a produção, o destino de rejeitos e o uso da nanotecnologia no país. Este projeto é fruto de audiência pública realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 13 de dezembro de 2012, reunindo especialistas do Governo Federal, de Universidades e do Movimento Sindical, que analisaram a situação das nanotecnologias no Brasil. Para mais detalhes desta audiência, acesse:
http://quimicosabc.org.br/noticias/audiencia-publica-na-camara-dos-deputados-analisa-nanotecnologias-no-brasil-1492/
O projeto de lei segue em tramitação na Câmara dos Deputados, e deve avançar, uma vez que o Deputado Sarney Filho foi reeleito este ano. Há pontos, segundo o professor Pereira, que precisam ser melhorados no projeto. “O projeto apenas informa que a gestão da nanotecnologia será compartilhada pela União, Distrito Federal, Estados, Territórios e Municípios, cabendo à União a coordenação da Política Nacional de Nanotecnologia, sem, no entanto, propor um sistema para que este gerenciamento compartilhado se efetive. Outro ponto problemático é a ausência de previsão de um Comitê Técnico”, afirmou Pereira.
O seminário também contou com apresentação de pôsteres com resumos de trabalhos de pesquisa desenvolvidos por estudantes da UNISINOS e de outras Universidades abordando questões regulatórias associadas às nanotecnologias.
Também foram oferecidos cinco mini-cursos aos participantes do seminário, com temas como “as nanotecnologias como um exemplo de tecnociência” e “os marcos e ferramentas éticas nas tecnologias de gestão”.
A programação completa do seminário pode ser acessada em:
http://jusnano.blogspot.com.br/
E as apresentações feitas pelos palestrantes podem ser solicitadas através do endereço: jusnano@gmail.com

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Cobertura do XI SEMINANOSOMA

Dia 20 de outubro de 2014



Manhã



Abertura


Na manhã do dia 20 de outubro de 2014 iniciaram-se as atividades do XI SEMINANOSOMA, através da abertura ministrada pelos Profs. Drs. Wilson Engelmann e Paulo Roberto Martins.


Palestra: "Nanotecnologia: significado, valores e ética. Em busca de uma ética em nível molecular"


A primeira palestra iniciada à manhã do dia 20 de outubro foi a palestra do Prof. Dr. José Manoel Cózar-Escalante, da Universidad de La Laguna, na Espanha, a qual foi proferida pelo sistema Skype.

O palestrando iniciou seu discurso declarando-se como um "filósofo aplicado", para que, assim, pudesse haver uma maior compreensão acerca de seu tema e sua posição sobre o mesmo.

Em seu discurso, o palestrante abrengeu temas - como explícito ao título - como os significados e valores da nanotecnologia. Sendo assim, quanto aos significados, o autor esclareceu que o discurso dominante acerca das novas tecnologias tenta nos convencer que existe somente uma interpretação possível quanto ao tema, contudo, é patente que existe uma diversidade de interpretações possíveis. Quanto aos valores, o palestrante esclareceu que não se sabe muito bem quais são os valores aplicados à nanotecnologia, ou seja, não demonstram-se esclarecidos suas qualidades objetivas ou subjetivas.

Encerrada sua palestra, iniciaram-se os debates, onde o público direcionou seus questionamentos e dúvidas ao palestrante e o mesmo buscou esclarecer as duvidas atinentes ao tema apresentado.


Mesa Redonda: "Nanotecnologias e Sociedade: desafios e perspectivas"


Iniciaram-se também nesta manhã os discursos proferidos pelo Dr. Mauricio Berger, investigador e professor assistente do Conselho de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET) e do Instituto de Investigação e Formação em Administração Pública da Universidad de Córdoba (IIFAP UNC) e pelo Dr. Luis Renato Balbão Andrade, membro da FUNDACENTRO/RS.

O primeiro a iniciar suas falas foi o Dr. Mauricio Berger, o qual abrangeu em seu discurso o tema "agrotóxicos". O mesmo falou que o tema claramente abrange o assunto "saúde pública", o qual abrange tanto a saúde do trabalhador como também de toda a sociedade, trazendo, assim, a necessária noção de "governança ambiental".

Utilizando-se de situações visualizadas na Argentina e no Brasil, o palestrando explicitou que por se tratar de um tema atinente à saúde pública, existe uma clara necessidade de interesse e intervenção do poder público nesta questão. Contudo, o que percebe-se é que a maioria das denuncias provém da própria comunidade, a qual preocupa-se com as mudanças ambientais e com a própria saúde.

No entanto, percebe-se que há uma luta de diversos indivíduos e instituições quanto a estes problema, ante a indiferença demonstrada pelo governo e por todo o poder público em sí.

Segundo o mesmo, dentre as diversas posições existente, a que se mostra mais adequada é a de uma governança democrática, e para que haja uma resolução democratica dos problemas ambientais, é necessário haver um aprimoramento da governança global e sua parceria com a sociedade civil, promovendo debates éticos e trazendo garantias ambientais.


Sendo assim, dando sequência às falas, iniciou-se o discurso do Dr. Luis Renato Balbão Andrade, o qual trouxe uma explanação mais ampla e geral acerca do tema "nanotecnologias".

Segundo o pesquisador, devemos ter uma visão mais clara acerca do que está acontecendo em meio ao desenvolvimento da nanotecnologia, para, assim, ter-se uma maior ideia acerca das consequências que esta tecnologia pode oferecer, seja ao trabalhador, à sociedade em sí e à própria família do trabalhador, a qual pode sofrer as consequencias antes mesmo que todo o restante da sociedade, haja vista seu contato direto com aqueles que atuam diretamente com os nanomateriais.

Neste conexto, o pesquisador ainda cita que atualmente já existem produtos no mercado que utilizam-se da nanotecnologia para a sua composição, contudo, a maioria destes produtos não possuem avisos que exponham a existência da nanociência em sua composição, nem mesmo estudos que avaliem os riscos que possam surgir do contato entre estes produtos e a sociedade e o meio ambiente.

Sendo assim, ao final de sua apresentação, o autor citou alguns dos problemas existentes sobre as nanotecnologias, como, por exemplo, a falta de informações, a pouca ou inexistente regulação da nanotecnologia, a não existência de pesquisas e a não divulgação de limites de exposição que devam existir de produtos na sociedade e no meio ambiente. E como solução, o autor apontou a utilização do princípio da precaução em sua forma ativa, a elaboração de legislações específicas, a ativa participação democrática da sociedade em processos decisórios, a incrementação de pesquisas, a rastreabilidade de nanomeateriais e a vigilância médica nanoespecífica, ao passo em que deva-se levar em conta a inclusão dos amplos impactos que esta tecnologia possa trazer à sociedade e ao meio ambiente em sí.

Findo o seu discurso, iniciaram-se os debates.



Tarde



Painel: "As Nanotecnologia e suas Interfaces com as Ciências de Impacto"


Iniciando os diálogos atinentes ao painel, a Dra. Ingrid Hincapie tratou sobre o tema "Os Guias da LICARA para a competitividade sustentável dos nanoprodutos".

Em seu diálogo, a pesquisadora tratou acerca dos passos para o alcance de uma competitividade sustentável. Dentre os variados passos, destacam-se: a análise dos riscos (análise dos vários graus ou níveis de riscos); a pesquisa acerca dos efeitos que os nanomateriais causam à saúde; a análise quanto a exposição, aos impactos e o comportamento dos nanomateriais em sistemas técnicos e o risco ambiental relativo; e a tomada de decisões.

Terminada sua fala, iniciaram-se os debates, onde a pesquisadora respondeu acerca das dúvidas e questões postas pelo público presente.


Dando sequência aos diálosgos, o Dr. Mário Norberto Baibich iniciou suas falas acerca do tema "As Nanotecnologias e suas Interfaces com as Ciências de Impacto".

Em seu diálogo, o pesquisador tratou acerca da ligação entre as nanotecnologias e as ciências de impacto, e a influência que estas tecnologias podem trazer ao avanço e a popularidade dos produtos tencológicos.

Segundo o mesmo, produtos que a algum tempo atrás eram inacessiveis, por sua indisponibilidade e seus preços, atualmente vêm sendo cada vez mais acessíveis, desde a sua invenção, haja vista que com o avanço da ciência produzem-se mais produtos, com maior eficácia e (por seus métodos) disponibilizados com um menor custo.

Desta forma, encerrado seu diálogo, abriu-se um espaço para os debates, onde o pesquisador respondeu perguntas atinentes ao seu tema.



"Nanotecnologias e a Condição Humana"


Por volta das 15:30, iniciaram-se as discussões apresentadas pelo escritor Alexandre Quaresma, pelo Dr. Diego Calazans, pelo Dr. Celso Cândido Azambuja, e pelo Dr. Gilson Lima, os quais compuseram a mesa acerca do tema "Nanotecnologias e a Condiçõ Humana", a qual teve como debatedor o Dr. Reginaldo Pereira.

Como primeiro a apresentar suas falas, o escritor Alexandre Quaresma buscou expor acerca de seus posicionamentos atinentes às nanotecnologias.

Primeiramente, o escritor buscou retratar a importância das nanotecnologias na sociedade atual, como as vantagens tecnológicas e as vantagens econômicas que esta primeira pode trazer, essencialmente por se tratar de uma tecnologia disruptiva.

Por conseguinte, buscou também tratar acerca do diálogo existente entre as nanotecnologias e o corpo humano em sí, esclarecendo que ao momento em que ocorre a ligação entre o corpo humano e a tecnologia, o corpo humano passa a ser tratado como um objeto, o que hoje tecnicamente é perante toda a sociedade em sí.


Encerrado seu discurso, o próximo a obter a palavra foi o Dr. Diego Calazans, o qual tratou acerca do tema "pós-humanidade".

Primeiramente, o pesquisador buscou tratar acerca do que é o pós-humano. Segundo o mesmo, o pós-humano é aquele que supera a animalidade humana, passando a ter características que ultrapassam a essência humana, possuindo técnicas como o auto-combate ao envelhecimento e a própria auto-cura.

Segundo seu discurso, nos deparamos com a atual e futura situação onde a vida humana depende cada vez mais da tecnologia. através da tecnologia, pode ocorrer o prolongamento da vida humana e até mesmo sua facilitação. No entanto, há o fato de que não há uma igualidade na distribuição destas tecnologias, haja vista o fato de estas últimas possuirem como principal fim o rendimento econômico, o que faz com que o mais financeiramente estável tenha mais vantagem do que o menos favorecido, o que, contudo, torna estes indivíduos não mais seres humanos, mas sim pós-humanos, ou seja, seres cada vez mais aproximado à condição das máquinas.


Finalizado seu discurso, iniciaram-se as falas do Dr. Celso Cândido Azambuja, o qual tratou acerca do tema "A Condição Trans-humana", onde o mesmo demonstrou que através da evolução da ciência traz-se a renovação e através desta renovação, criam-se os pós-humanos, os quais são resultados de uma simbiose incessante entre o homem e a tecnologia.


Findo seu discurso, fora passada a palavra ao Dr. Gilson Lima, o qual tratou acerca do tema "Bio-micro-nanotecnologia & a Condição Humana: não somos tão humanos quanto pensávamos que eramos!".

O pesquisador, utilizando-se das ideias de Darwin, explica que na verdade não somos humanos a muito tempo, em realidade, somos parte de uma teia de vida a muito tempo existente, ao passo em que de cada 11 células em nosso corpo, apenas uma é humana, e a cada dia dependemos mais da tecnologia e da simbiose entre o corpo humano e a tecnologia e outros seres para podermos prolongar a nossa vida.


Ao fim de seu diálogo, iniciaram-se os debates.



Mesa Redonda: "Seguridade, Soberania Alimentar e Nanotecnologia: como estamos e para onde vamos"


Logo após aos discursos anteriores, iniciaram-se os dialogos apresentados pelos pesquisadores Dr. Steve Suppan, Dr. Richard D. Dulley e a Dra. Tânia Magno, tento a mesa por debatedora a Dra. Andrea Aldrovandi.

O primeiro a obter a palavra foi o Dr. Steve Suppan, o qual tratou acerca do tema "Conselhos Voluntários do FDA à Indústria: aplicação da nanotecnologia aos alimentos".


Finalizada sua fala, iniciaram-se os debates acerca do tema, os quais foram seguidos pelo dialogo da Dra. Tânia Magro, a qual tratou acerca do tema "Avanços Tecnocientíficos e os Desafios no Campo da Alimentação: a modernidade da fome", e, logo após, seguidos pelo diálogo do Dr. Richard D. Dulley.




Dia 20 de outubro de 2014



Manhã


Mesa Redonda: "Jornalismo Científico"


A mesa redonda "Jornalismo Científico" estava composta dos seguintes membros:
Prof. Dr. Ronaldo Henn (Unisinos/PPG Jornalismo) 
Dra. Maria Eduarda Giering:
(Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada - UNISINOS)
Dr. Demétrio de Azeredo Soster (UNISC)
Dra. Naira Maria Balzaretti (Instituto de Física – UFRGS)
Debatedora: Eliana Frantz de Macedo (JUSNANO/UNISINOS)

Iniciando a manhã do dia 20, foi exposto um diálogo do Dr. Ronaldo acerca das relações do jornalismo e do cinema com a ciência. 
 A seguir, palestrou o Prof. Dr.Demétrio De Azeredo Soster (UNISC/PPG Jornalismo), que abordou o "Diálogo entre Jornalismo e Ciência na perspectiva da Teoria do Jornalismo", buscando observar as complexidades inerentes ao conceito de Jornalismo Científico e suas formas inserindo o tema das Nanotecnologias.
 A Profª. Maria Eduarda Giering (Unisinos/PPG Letras) apresentou o tema  "O que vem a ser divulgação científica/popularização da Ciência e de Pesquisas na área sob a perspectiva da Linguistica Aplicada, com uma abordagem as Nanotecnologias e como a mesma tem aparecido na midia para o público não especializado".
 Encerrando os trabalhos , a Profª. Naira Maria Balzaretti (UFRGS/Instituto de Física) explanou sobre  "O Papel do Jornalismo Científico referente à informação x Conhecimento e seu impacto na formação dos Cientistas".
O encerramento dos trabalhos aconteceu, após aos participantes do "XI Seminário Internacional  Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente" dialogarem com a platéia, dando por encerrado os trabalhos.


Mesa Redonda: "Nanotecnologia e Regulação do Brasil"

Após findados os debates, iniciaram-se as discussões acerca do tema "Nanotecnologia e Regulação do Brasil", através de mesa composta pelo Dr. Reginaldo Pereira e pelo Dr. Wilson Engelmann, sendo esta mediada pela Me. Xana Campos Valério.

O primeiro a palestrar foi o Dr. Reginaldo Pereira, o qual explanou acerca do tema "Tentativas de Criação de um Marco Regulatório Específico para a Nanotecnologia no Brasil".

Dando sequência ao debate, o próximo a discursar foi o Dr. Wilson Engelmann, o qual explanou acerca do tema "Nanotecnologias e Marcos Regulatórios".

Findadas as explanações, iniciaram-se os debates.



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Programação

Não é necessária a inscrição prévia. Basta escolher as atividades de interesse e participar.

 

Dia
Horário
Atividade
Responsáveis/Convidado
20 de Outubro
8h
Credenciamento e Recepção
Comissão Organizadora
9h
Abertura do Evento

9h15min
Palestra: “Nanotecnologia: significado, valores e ética. Em busca de uma ética em nível molecular.”
Prof. Dr. José Manoel Cózar- Escalante (Universidad de La Laguna - Espanha) (skype)


Debatedor: Prof. Dr. Castor Ruiz (Unisinos/RS)
10h
Mesa redonda: “Nanotecnologias e Sociedade: desafios e perspectivas”
Dr. Mauricio Berger, Investigador y Profesor Asistente; Institución: Consejo de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET)- Instituto de Investigación y Formación en Administración Pública, Universidad Nacional de Córdoba, Argentina (IIFAP UNC).
Dr. Luis Renato Balbão Andrade (FUNDACENTRO/RS);
Dr. Jonatas Ferreira (Portugal): nanobiotecnologia, o sofrimento contemporâneo e sua medicalização.

14h
Painel: “As Nanotecnologias e suas interfaces com as Ciências de Impacto.”

Dr. Mario Norberto Baibich (Instituto de Física da UFRGS)

Dra. Cláudia Som (Senior scientist, Technology and Society Lab EMPA,  Swiss Federal Laboratories for
Materials Science and Technology). Tema: “LICARA guidelines for the sustainable competitiveness of nanoproducts” – em espanhol e por Skype.


Debatedor:
Dr. Mauricio Berger, Investigador y Profesor Asistente - Universidad Nacional de Córdoba, Argentina (IIFAP UNC).

15h – 16h30’
Nanotecnologias e a condição humana
Dr. Celso Candido Azambuja (Unisinos)
Alexandre Quaresma (RENANOSOMA)
Dr. Gilson Lima (UNISC)
Debatedor:
Dr. Reginaldo Pereira UNOCHAPECÓ)
16h30’ – 18h30’
Mesa redonda: Seguridade, soberania alimentar e Nanotecnologia: como estamos e para onde vamos.”
Dr. Richard D. Dulley (Renanosoma)
Dr. Steve Suppan / Institute For Agriculture And Trade Police / USA (skype)
Dra. Tania Magno (Universidade Federal de Sergipe)
Debatedora:
Dra. Andrea Aldrovandi (Universidade de Caxias do Sul).
18h30min – 21h
Mesa Redonda: “Nano, Mercado de Trabalho e Formação Profissional.”
Thomaz Jensen (DIEESE)
Dra. Waleska Camargo Laureth (UFPR)
Ana Yara Paulino (DIEESE)
21 de Outubro
8h30min às 9h45min
Mesa redonda: “Jornalismo Científico”
Dra. Maria Eduarda Giering:
(Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada - UNISINOS)


Dr. Demétrio de Azeredo Soster (UNISC)


Dra. Naira Maria Balzaretti (Instituto de Física – UFRGS)
Debatedora: Eliana Frantz de Macedo (JUSNANO/UNISINOS)
10h às 12h
Mesa redonda: “Nanotecnologia e Regulação do Brasil”
Dr. Wilson Engelmann (UNISINOS)
Dr. Reginaldo Pereira (UNOCHAPECO)
Ms. Xana Campos Valério (UNISINOS)
13h30min às14h15min
Exposição de Pôsteres


Local: Saguão da Área das Ciências Jurídicas

14h30min às 16h30min
Minicursos
Sistemas produtivos e inovação secundária”
Prof. Dr. Adriano Proença (UFRJ)
McLuhan, tecnocultura e midiatização no contexto das revoluções tecnológicas”
Profa. Dra. Irene Araújo Machado (USP)
As nanotecnologias como um exemplo de tecnociência e seus impactos.”
Local: Auditório Maurício Berni


Prof. Dr. Wilson Engelmann (UNISINOS)

Os marcos e ferramentas éticas nas tecnologias de gestão”
Prof. Dr. Jesús Conill (Universidad de Valencia – Espanha)

Feyerabend, razão e ciência”
Prof. Dr. Luiz Davi Mazzei – (UFRGS) e Prof. Dra. Virginia Chaitin (UFRJ)
17h
Abertura oficial do XIV Simpósio do IHU


Local: Auditório Central

20h às 21h30min
Conferência: “O homem na idade da técnica: niilismo e esperança.”


Local: Auditório Central
Prof. Dr. Umberto Galimberti (Itália)
22 de Outubro
9h às 10h15min
Conferência: “A biopolítica do Século XXI – cidadania biológica e ética somática”
Auditório Central
Prof. Dr. Nikolas Rose (King´s College London – Inglaterra)
10h45min às 12h
Conferência: “Neoliberalismo e Tecnociência: uma avaliação crítica”


Auditório Maurício Berni
Prof. Dr. Luigi Pellizzoni – Universidade de Veneza – Itália. (skype)
Debatedor: Prof. Dr. Gustavo Borges (FMP/RS)
14h às 16h15’
Democratizar a tecnociência: engajamento público em nanotecnologias”


Local: Auditório Maurício Berni
Dr. Paulo Roberto Martins (RENANOSOMA);
Sr. Sebastião Lopes de Oliveira Neto
(IIEP);
Dra. Maria Fernanda Marques Fernandes (FIOCRUZ/RJ);
Dra. Irene Araújo Machado (USP);
Debatedor: Prof. Dr. Gustavo Borges (FMP/RS)
16h30min às 18h
Mesa Redonda: As nanotecnologias e suas interfaces com a biotecnologia e o meio ambiente: a gestão necessária dos riscos


Auditório Maurício Berni
Profa. Dra. Taysa Schiocchet (PPGDireito UNISINOS);
Prof. Ms. Airton Guilherme Berger Filho (PPGDireito UNISINOS)
Debatedora: Ms. Raquel Von Hohendorf (PPGDireito UNISINOS).
18h
1) Apresentação de pôsteres;
2) Lançamento do DVD sobre os 10 anos da RENANOSOMA:
Dr. Paulo Roberto Martins e
Sr. Alexandre Quaresma.
3) Lançamento do livro: “Nanotecnologias aplicadas aos agroquímicos no Brasil: a gestão dos riscos a partir do Diálogo entre as Fontes do Direito”, de autoria de Raquel Von Hohendorff e Wilson Engelmann.
4) Homenagem póstuma a Leila Zidan.
Local: Saguão da área das Ciências Jurídicas

20h às 21h30min
Conferência – Paradigma em capacitação em saúde
Profa. Dra. Jennifer Prah Ruger (Yale School of Public Health – USA)
















23 de outubro
9h às 10h30min
Conferência: “Neurofuturos para sociedades de controle”


Local: Auditório Central
Prof. Dr. Timothy Lenoir (EUA)
10h30min às 12h
As redes de pesquisa e as nanotecnologias


Local: Auditório Maurício Berni
Dr. Jorge Junior (UFRJ);
Dr. Fernando Galembeck (Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano)/CNPEM);
Debatedor: Prof. Dr. Mateus Fornasier (UNISINOS)
14h às 16h












17h
Nanotecnologia, Saúde e Segurança do Trabalhador”




Auditório Maurício Berni
Dra. Arline Arcuri (FUNDACENTRO/SP);
Dr. Luis Renato B. Andrade (FUNDACENTRO/RS);
Prof. Dr. Maurício de Carvalho Góes (PUCRS);
Debatedor: Prof. Ms. Guilherme Wunsch (UNISINOS).
Encerramento do XI Seminário